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Toscana: pense em uma região charmosa

A Itália é um desses países em que você pode visitar várias vezes e continuar se encantando. Mesmo não sendo um país enorme, ela tem uma grande diversidade geográfica com diferentes estilos para atender todos os tipos de viajantes: regiões montanhosas para os trilheiros, cidades grandes repletas de museus, arte e história, região de praia banhadas pelo mar Mediterrâneo ou Adriático e vilarejos medievais. Ou seja, opções não faltam para quem quiser se aventurar por lá.

Eu tinha apenas alguns dias então resolvi dedica-los a região da Toscana. E que bela escolha! Cheia de mini cidades fofas, românticas, e com uma gastronomia de deixar qualquer dieta pra depois (sem peso na consciência), a Toscana é um daqueles destinos que não tem como não amar.

Compartilho com vocês algumas informações práticas com base na minha experiência (lembrando que cada um tem suas preferências e isso é algo bem pessoal) para ajudar quem está se planejando para ir ou inspirar aqueles que vão começar a considerar esse destino para as próximas férias:

Por onde começar e como me locomover?

Meu voo chegou por Roma, de onde peguei um trem para Florença e de lá, aluguei um carro para percorrer a região.

Fiquei apenas um dia em Florença mas sei que a cidade merece mais. Aproveitei esse dia para passear pelas ruas sem muitos objetivos do que ver e fazer. Até porque, a cidade estava cheia e os pontos turísticos com fila então, se pretende visitar a catedral Duomo ou algum museu, reserve mais tempo por lá.

Em Florença não precisa de carro mas para percorrer as cidades menores, ele é fundamental. Sem carro, você vai ficar limitado as cidades maiores e com estação de trem ou muito refém dos horários dos ônibus (que são poucos). Mas se esse for o caso, vá com mais tempo e se planeje com os horários para poder curtir melhor.

Dica em Florença: almoce no mercado central em uma tendinha que vende a melhor massa que comi na viagem (e olha que fiz refeições maravilhosas). Esqueci totalmente de anotar o nome, mas não tem erro, a tendinha fica no primeiro andar, vende a massa fresca para quem quer levar para casa e, na esquina do lado, vende ela pronta para comer na hora, em pé mesmo, no pratinho de plástico. Fica cheio e com fila, você vai reconhecer.

Outra dica (nada original mas vale reforçar): assista o por do sol na Piazza Michelangelo. Florença fica com um ar mais especial vista de cima, num tom meio alaranjado com aquela troca de luz do anoitecer. E melhor ainda bebendo um vinho e escutando uma musiquinha (acredito que todo dia tenha alguém lá tocando algo).

Quais cidades visitar?

Sou carioca e apaixonada pela minha cidade, pelas facilidades, diversidades e entretenimento de uma cidade grande. Talvez por já morar em uma, na hora de viajar, gosto da despreocupação das cidades pequenas. Porque se tem algo que me dá preguiça é ter que me achar, achar os melhores lugares para sair, para dormir e o que fazer em uma cidade com muitas opções. Tendo dito isso, fica mais fácil entender porque eu amei os vilarejos como Montepulciano, San Gimignano e Monterioggioni. E porque dei meia volta ao chegar perto de Arezzo, quando percebi que a cidade tinha diversas opções de entrada.

Nessas cidades menores me senti como se tivesse entrando em um cenário de filme, admirei cada esquina e cada mirante sem pressa, curtindo os vasos de flores nas janelas e as portas arqueadas com vista para a Toscana. São geralmente nesses lugares que me sinto mais relaxada, como se o tempo parasse e o dia ficasse mais longo. Como se não tivesse qualquer obrigação ou preocupação na vida a não ser escolher um bom lugar para um café.

Claro que as cidades maiores também tem seu charme e suas vantagens. Siena a noite, por exemplo, se mostrou melhor que de dia com a praça iluminada, e um furduncinho gostoso que te empolga a beber um spritz aperol em um bar mais badalado, antes de sair para jantar (as outras cidades são bem mais paradas a noite).

Como já falei, gosto é muito pessoal e cada um sabe o que prefere mas independente de onde decidir passar a noite, organize seu dia de acordo com a localização das cidades, para facilitar a logística e não passar tanto tempo na estrada.

O ideal é escolher alguma cidade como base (ou algumas, se estiver com mais tempo) e conhecer uns dois vilarejos por dia, com calma e tempo para uma refeição, um café, um gelatto ou um vinho. Aliás, a gastronomia da Toscana é algo que vale a pena ser aproveitada em cada oportunidade!

O roteiro que fiz: Montepulciano, Pienza e Montalcino em um dia, dormindo em San Gimignano (fiquei duas noites lá e aproveitei para conhece-la, no primeiro dia); depois, dormindo em Siena, visitei Volterra e Monteriggioni em um dia e Cortona e Lucignano em outro (podem incluir Arezzo nesse dia, que também fica perto, para quem quiser conhecer).

Quanto tempo ficar?

Poderia dizer que tanto faz. O importante é curtir o tempo que você estiver por lá, sem pressa e sem obrigações.

As cidades em si são pequenas e é possível conhecer seus cantinhos em poucas horas (em algumas delas, em alguns minutos você visita ela inteira). São várias opções mas você não precisa se preocupar em visitar todos, até porque, eles são bem parecidos em sua essência e o que vale é curtir o momento, mais do que visitar a maior quantidade de lugares.

Dica: tenha em mente o que quer visitar mas vá com o coração aberto a mudanças. Nem tinha ouvido falar em Lucignano e resolvi incluir na minha rota depois que desisti de visitar Arezzo e foi a melhor decisão do dia.

Estou me empolgando, mas... e o custo disso tudo?

Bom, considerando que estamos na Europa e ignorando a conversão do euro, achei a viagem economicamente viável, para quem estiver disposto a abrir mão de um pouco de conforto na hospedagem.

Geralmente, quando viajo, substituo uma das refeições por um lanche para economizar. Porém, achei a comida relativamente barata em todas as cidades que visitei. Um prato de massa ou pizza custava entre 7 e 10 euros na maioria dos restaurantes e uma garrafinha de vinho da casa de meio litro, costumava ficar em torno dos 6 euros. Outra opção (nada mal, diga-se de passagem), é comprar vinho, queijos (maravilhosos), pastinhas e quitutes deliciosos em delicatessens e comer em alguma praça ou algum local gostosinho.

Ah, os pratos com carne costumam ser o dobro do preço de um de massa, sorte a minha ser vegetariana. :)

A hospedagem que pode acabar encarecendo a viagem mas se você não se importar em dividir um banheiro com outras pessoas, pode encontrar opções muito bem localizadas por 50 euros a diária para o casal, em média temporada. (Leia aqui um post com dicas para economizar em suas viagens)

Aliás, essa é outra opção bem pessoal, pois prefiro ficar em um lugar mais simples e com menos conforto porém bem localizado, onde consigo sair a pé para conhecer a cidade.

Mas para quem não faz tanta questão de ficar dentro da cidade e prefere se hospedar em um lugar mais charmoso, as opções são os agriturismos, espalhados por toda a região.

Tanto para as hospedagens quanto para as passagens de avião, solicite um orçamento com a gente sem compromisso. Além de contribuir para o blog e com uma empresa pequena que está começando a seguir um sonho, você vai se surpreender com os preços. :)

Espero ter ajudado e que vocês possam aproveitar todo o charme da Toscana.

Caso precisem de mais dicas, estou aqui para ajudar.

Fiquem a vontade para me escrever para tirarem suas dúvidas: reservas@utopicosmundoafora.com

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